07/01/2007

Percepções sobre o tema da disciplina

Baseando-vos nas vossas percepções e, eventualmente em experiências anteriores, discutam o que entendem por avaliação de software educativo. Várias questões se podem colocar a partir do tema da disciplina. Tendo em vista guiar a discussão, sugiro seguidamente algumas:

Sobre avaliação - O que é avaliar? E avaliação de recursos educativos? Quem a faz? Com base em quê? Como? Que outros termos consideram estar associados ao conceito de avaliação?

Sobre software educativo - O que entendem por software educativo? Que software educativo conhecem? Que tipo de aplicações informáticas engloba este termo? Tendo em conta que em contexto educativo, podem ser exploradas aplicações informáticas gerais, processadores de texto, bases de dados, ferramentas de elearning, … , poder-se-á também considerá-lo como software educativo?

Sobre avaliação de software educativo – O que é? Quem faz? Com que finalidades? Haverá “receitas” para avaliar software educativo? Não havendo, o que se deve ter em conta? Como se faz? Em que contextos?

Outras questões se poderão levantar e espero que a discussão as faça emergir.

Se já alguma vez fizeram avaliação de software educativo, refiram com que finalidade, quem foi envolvido, como a efectuaram e quais os resultados.

Bom trabalho!

MJL

22 comentários:

ASE disse...

Em resposta à reflexão sugerida, e tendo por base nesta fase apenas a minha opinião, penso o seguinte:
...sobre avaliação - é uma análise realizada pelo "avaliador" de acordo com critérios rigorosos previamente definidos, acerca de um determinado objecto ou acontecimento. Os termos que associo ao conceito, são a objectividade, e a eficácia da finalidade.
...sobre software educativo, será uma aplicação informática que permitirá ao aluno desenvolver determinadas competências. Neste contexto, quase tudo poderá ser software educativo, dependendo da intencionalidade que é dada à sua utilização (orientações que são dadas ao aluno). Esta a firmação, leva-me a pensar se esta n será a verdadeira definição de software educativo... uma aplicação informática, com objectivos e finalidades internas, que orientam a aprendizagem do aluno.
...sobre avaliação do software educativo - será o processo que permite aferir acerca da qualidade da ferramenta, atendendo aos efeitos que produz na aprendizagem.

Isabel Barbosa

GRF disse...

Viva!
Algumas ideias que o avançar da hora ainda permite...

O conceito de avaliação é tão subjectivo como a própria acção de avaliar. Tal parece um pouco paradoxo, uma vez, regra geral, a avaliação é traduzida em critérios e valores objectivos, tal como enunciou Isabel Barbosa.

No caso de software educativo, entendo-o como toda a aplicação que pode ser utilizada em contexto de aprendizagem, incluindo os exemplos dados por MJL. Uma aplicação pode não ter sido concebida com uma função educativa, mas ter uma utilização que proporcione aprendizagem. Penso que podemos diferenciar dois grupos distintos: aplicações concebidas para fins educativos; aplicações concebidas para outros fins, mas que podem ser
produtivas em contexto educativo.
Para se saber quais as aplicações que poderão ser enquadradas como educativas, é necessário fazer uma avaliação das mesmas. Penso não existir um critério universal para avaliar software educativo. Para tal, poder-se-á ter em consideração questões como o modo como o software se enquadra no processo de ensino-aprendizagem, como se presta ao desenvolvimento de determinados objectivos e competências, a sua adequação aos utilizadores, os materiais que disponibiliza, as teorias subjacentes, a interactividade que proporciona...
Na minha perspectiva, preferencialmente, um software concebido com finalidade educativa deve ser orientado de acordo com a teoria construtivista, de modo a que o utilizador não se limite a absorver informação, mas tenha a oportunidade de interagir com as ferramentas que lhe são disponibilizadas e reflectir sobre os resultados que lhe são apresentados.

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Há dois anos, aquando da frequência da disciplina de Multimédia e Arquitecturas Cognitivas, tive a oportunidade de desenvolver uma actividade de análise de uma aplicação desenvolvida com finalidade educativa(terá sido uma avaliação?). Quanto a metodologia e resultados, só os terei disponíveis no final da semana.


Carlos Vaz

ASE disse...

Baseando-me apenas no meu ponto de vista, a avaliação é um processo aplicado a determinada situação, que visa a verificação de determinados critérios considerados relevantes na definição da sua qualidade. Desta forma, acaba sempre por ser um processo com alguma dose de subjectividade.
Por software educativo entendo todo e qualquer programa desenvolvido com o propósito de facilitar o processo de aprendizagem por parte do aluno ou até do professor. Na minha opinião de leiga poderá ir desde um LMS a uma diciopédia (se calhar estou a dizer um grande disparate!)
A avaliação do software educativo será então um conjunto de critérios que irão definir a qualidade do produto em questão, principalmente através da comparação com outros produtos e da análise da sua aplicação prática com os alunos.

Célia Tavares

ASE disse...

Baseando-me mais nas minhas percepções que na minha experiência, diria que “avaliar” é um processo objectivo (na medida em que terá que obedecer a critérios definidos, como referiram os meus colegas) mas mutável: se o conhecimento e a própria aprendizagem evoluem, nunca a forma de os avaliar poderia ser estanque.
Isto não quer dizer que a subjectividade impere neste processo: simplesmente não encaro a avaliação como uma grelha predefinida mas sim como um esquema que, seguindo umas linhas mestras, se vai gradualmente definindo.

Entendo software educativo como uma aplicação desenvolvida com a finalidade de apoiar a aprendizagem de um “aluno”: pela disponibilização de conteúdos, pela promoção da interacção, pela orientação…
Como disse o Carlos, “Uma aplicação pode não ter sido concebida com uma função educativa, mas ter uma utilização que proporcione aprendizagem”; assim como um livro de banda desenhada não deixa de ser livro - e válido como tal - só porque tem figuras e uma história ao invés de ter uma teoria ou uma fórmula química, um software que não seja desenhado com a finalidade de “educar” poderá ser (ou tornar-se) uma boa ferramenta de apoio.
Considerá-la-ia, no entanto, um software educativo? Não sei (ainda...). Talvez a colocasse no campo dos processadores de texto, das folhas de cálculo: não são S.E. em si, mas antes ferramentas que, quando enquadradas e aplicadas num processo de aprendizagem, permitem ao utilizador desenvolver competências, capacidades e, em suma, aprender.
Será aqui que entrará o conceito de “Avaliação de Software Educativo”: no meio de milhares de softwares, de milhares de receitas que garantem educação, terá que haver um conjunto de “regras”, de linhas mestras, que permitam identificar o que é “mais” S.E., o que será mesmo S.E., daquilo que não passa de ferramenta (não me parece que seja uma discussão pacífica, dado que eu mesma considero o Word uma ferramenta e a “ajuda” do Word um pouco mais do que isso). Terá que ser analisado (talvez estatisticamente) o contributo do SW para o processo educativo, as ferramentas que disponibiliza, o grau de interacção que permite, o nível de contribuição para a aprendizagem, a forma como o sujeito-aluno o percepciona ou não… e talvez a quantidade e qualidade de exemplos (práticos e teóricos), a credibilidade das fontes, a maneira mais ou menos fácil com que o aluno aprende (um SW poderá ser excelente ao nível da sua construção, dos conteúdos que disponibiliza, etc, mas se não obtiver resultados – se o aluno não aprender – talvez não mereça a classificação de Software Educativo)

mónica aresta

Jaime Ribeiro disse...

Olá

Já tenho utilizado jogos didácticos nas minhas intervenções com jovens portadores de deficiência, penso que se enquadram num tipo especial software educativo. Aplicações tipo o DOL e plataformas de e-learning também se devem enquadrar em software educativo.
Penso que a avaliação deste tipo de software deve relacionar-se com opções de acessibilidade, ambiente de navegação.... e também com a pertinência educativa, mormente, conteúdos e estratégias pedagógicas.
Sobre a avaliação propriamente dita, não disponho de muitas informações, mas penso que os primeiros avaliadores são as entidades de pessoas que pretendem produzir e lançar o produto. Seguidamente, vêm os que pretendem implementar e utilizar. Devem existir normas estandartizadas, assim como, normas informais que surgem da experiência de navegação.
Fico à espera de explorar estes novos horizontes...

Cumprimentos
Jaime Ribeiro

José Sá disse...

Para podermos avaliar algo, é necessário conhecermos os objectivos iniciais. Depois é necessário conhecermos bem aquilo que está a ser alvo de avaliação.
Software educativo é tudo aquilo que nos auxilia no processo de aprendizagem. Um simples powerpoint pode ser um software educativo.
Para mim, um software educativo deve tentar cumprir alguns requisitos como sejam: aspecto gráfico atraente, navegabilidade fácil e intuitiva, com conteúdos para uma aprendizagem significativa, bem organizado de modo a evitar que o utilizador se perca no decorrer da sua utilização, e ser feito em função dos futuros utilizadores.

ASE disse...

Avaliar é produzir um juízo de valor sobre determinada produção ou ferramenta…
Avaliar recursos educativos será verificar a adequação desses recursos para os objectivos definidos, ou seja verificar/quantificar de que forma esses recursos são facilitadores ou não da aprendizagem.
A avaliação deve ser feita pelos diversos intervenientes no processo ensino/aprendizagem (alunos e professores) com base nas sua experiência e tendo em conta parâmetros como a facilidade de utilização, o grafismo, a adaptação aos objectivos, os custos, a pertinência, a flexibilidade, a interactividade, a possibilidade de avaliar as performances dos alunos…
Os termos associados ao conceito de avaliação são:
eficácia no processo ensino/aprendizagem,
facilitador do processo ensino/aprenizagem aprendizagem...

Tentando definir os termos software educativo poderemos dizer que é todo o software utilizado para fins educativos e pode englobar suportes como texto, imagem, som. Um exemplo bem conhecido é a Diciopédia da Porto Editora com dicionários, atlas do mundo, vários recursos multimédia ao serviço da construção do saber.
Baseando-nos na definição de Software da Wikipédia “ uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou acontecimento”, parece-me possível poder afirmar que as aplicações informáticas gerais tais como processadores de texto, fóruns de discussão, blogs… poderão ser considerados software educativo se usados para orientar para a construção de saber.


Cristina Costa

ASE disse...

Para determinar a valia de um software educativo penso que não exista uma “receita” única. Por exemplo, os critérios de avaliação de uma diciopédia, penso que não serão os mesmos de um jogo educativo. No entanto, não é necessário chegar ao extremo de que cada caso é um caso. Parece-me que existirão alguns critérios standards que, de acordo com a sua temática e aplicação, podem ajudar a analisar os softwares educativos. Se existem essas normas universais, pessoalmente desconheço.
No meu ponto de vista, um software educativo é um programa ou aplicação que executa os processos nele programados ou estruturados.
Com a evolução das tecnologias no mundo informático e do próprio conceito de multimédia, os softwares educativos foram, e continuam a ser, alvo de aperfeiçoamento no sentido de potencializar o seu cariz educativo.
Softwares esses, que sempre fui defensor da aplicação em contextos educativos. No meu nível de ensino, ensino básico, a utilização de softwares educativos nacionais é maioritária, principalmente devido ao factor linguístico dos alunos. A minha percepção dos construtores de softwares educativos, nomeadamente dos nacionais, é que podem ser pessoas mais ou capacitadas ou informadas para o efeito. Digo isto, porque quantos de nós, já estivemos em contacto com apelidados softwares educativos que, apresentavam carências enormes, no que diz respeito à interacção, design, compatibilidade, estruturação, tecnologias envolvidas, etc… Um outro problema com que as escolas se deparam é reutilização de um software educativo passados poucos anos. São poucos os que se conseguem “manter em forma” com o passar dos anos, o que levanta outro problema, o económico.

Zito Cavaleiro

ASE disse...

De acordo com os tópicos indicados, e após alguma reflexão, posso afirmar que, na minha opinião, a avaliação diz respeito à acção de analisar com rigor, seguindo critérios previamente estipulados e que se adequem ao objectivo inicial, levada a cabo por alguém.
Em relação à noção de software educativo (e mesmo correndo o risco de estar a dizer uma grande barbaridade) pode ser definido como um software cuja metodologia é direccionada para o ensino, e que tem como objectivo auxiliar a aprendizagem do aluno.
Por último, a avaliação do software educativo será a análise criteriosa de cada um desses softwares, em relação aos outros, baseando-se em critérios como qualidade, facilidade, usabilidade, etc.
Sara Pita

Filipe Silva disse...

Na minha percepção, o processo de avaliação implica observação, análise e verificação do cumprimento de determinados critérios que são previamente estudados e adequados ao objecto em estudo.
Considero que a avaliação é um processo subjectivo e que está inerente à definição dos próprios critérios de avaliação, que são estabelecidos pelo ser humano.
Um software educativo é um programa (que pode assumir vários formatos) que visa melhorar o processo de ensino/aprendizagem, o qual pode desempenhar melhor ou pior ou não o papel para o qual foi feito. Porem, penso que um programa que tenha sido criado com fins não educativos, mas que por um processo pedagógico pode ser reutilizado como complemento ao processo de ensino/aprendizagem possa ser visto como um software que está a desempenhar um papel complementar educativo naquele contexto restrito. Contudo, discordo que seja considerado como um software educativo, já que considero que um software educativo deve cumprir determinados requisitos mínimos para ser considerado como tal (tais como, ter em consideração o publico alvo, ter uma navegabilidade adequada, tendo em consideração questões ergonómicas, zonas de maior tendência a serem visualizadas, conteúdos cientificamente correctos e direccionados ao tema em questão, criar interactividade com o aprendente, e muitos mais que neste momento não me ocorrem e ainda não investiguei). Se bem que, ao longo dos anos tem-se verificado evoluções significativas na criação de software educativo, onde os primeiros eram simples repositórios de informação de sequência linear. A própria estrutura de navegabilidade (linear ou não) também deve resultar da(s) metodologia(s) mais adequada(s) à transmissão de determinado conhecimento. Pensando em todos estes aspectos, arriscaria mesmo a dizer que alguns softwares designados como educativos, não devam ser assim considerados, ou no mínimo serão maus exemplos de software educativo. De certo que todas estas questões e muitas mais que desconheço têm que ser levadas em consideração por pessoa com competência para tal, e de preferência que faça parte da equipa que está a desenvolver tal software. Nas minhas actuais limitações, penso que na equipa de desenvolvimento do software educativo deve estar presente alguém competente na área do conteúdo a abordar e área pedagógica, alguém competente na programação e no designe e alguém com competência para analisar os efeitos educativos que o mesmo software pode produzir (ter uma visão mais alargada, que não esteja por exemplo limitada às capacidades técnicas de implementação). Por último, considero importante que os resultados da utilização desse software educativo em contexto educativo seja estudado de modo a tirar ilações e rectificações aos mesmos. Por exemplo, um software educativo que tenha uma musica como fundo pode ser bastante motivador quando utilizado individualmente por um indivíduo, o que moda completamente de figura quando aplicado em contexto de sala de aula onde estarão vários indivíduos a usar o mesmo software mas com grande probabilidade de desfasamento.
São ideias talvez um pouco soltas, talvez sem grande consolidação mas que espero virem a ser melhoradas ao longo desta disciplina.

Cumprimentos,
Filipe Silva.

catarina disse...

A avaliação é um processo para testar conhecimentos, conteúdos, competências, capacidades, destrezas, funcionalidades, é um princípio que se toma como referência para julgar alguma coisa.
Relativamente à segunda questão e na minha opinião, software educativo é todo o software usado com utilidade educativa, tudo depende com que finalidade é usada e da criatividade de cada um.
A avaliação de um software educativo deverá incidir: no processo de ensino/aprendizagem, na adequação às necessidades dos alunos, na qualidade, na usabilidade…

Catarina Tavares

Hugo disse...

Olá a todos!

Ao termo avaliação associo uma análise ponderada de determinado objecto ou acontecimento, por um sujeito que segue determinados critérios previamente definidos. Porém, como já foi referido em anteriores comentários, a avaliação tem sempre (mesmo que diminuta) uma subjectividade, que advém das múltiplas características do sujeito que avalia e de outros factores inerentes ao processo.

Mas será esta subjectividade, elemento negativo?!
Creio que terá de ser aceite e transformada em factor positivo no julgamento correcto de determinado objecto ou acontecimento.


À semelhança de outros materiais didácticos, o software educativo deve permitir ao aluno desenvolver competências decorrentes da sua manipulação, exploração e aplicação em determinado contexto.
Haverá material didáctico usado por professores que foi construído sem o propósito directo de ensinar algo,porém, será sempre material com múltiplas dimensões para além da educativa.
Em meu entender, software educativo deve proporcionar ao aluno experiências de aprendizagem (mais ou menos) planeadas para alcançar determinado objectivo. Sobre o software usado para cumprir objectivos educativos, creio que nem sempre se pode catalogar desta forma, já que muitas vezes é software usado como ferramenta de trabalho nos mais diversos contextos.


A avaliação de software educativo, estará sujeita a critérios de averiguação das suas qualidades quanto ao desenvolvimento de competências nos alunos, mesmo que sirva apenas de material didáctico auxiliar do professor em contexto de sala de aula. Deste modo, será disparatado pensar em algumas regras aceites institucionalmente para avaliar este tipo de recurso educativo? Características como a acessibilidade e navegabilidade deverão ser asseguradas para que os objectivos do software se cumpram. Porém, a generalidade da avaliação terá de traduzir a análise de diversos factores inerentes ao público-alvo, aos conteúdos, aos objectivos, à pertinência, etc.

Continuação de bom trabalho,
Hugo

Sannya Fernanda disse...

Avaliar é emitir parecer, valorar algo, fazer juízo de alguma coisa. Concordo com o Carlos quando ele diz que é uma tarefa subjetiva pois é o sujeito quem atribui um valor a algo ou a alguém. Quanto a avaliação de recursos, deve ser feita levando em consideração a adequação dos mesmos no processo educativo e deve ser realizadas pelos profissionais do ensino, tendo como norteadores alguns critérios bem definidos, no que concordo com A Isabel.
A avaliação se liga diretamente a aprendizagem, a conhecimento adquirido ou produção de novos conheciemntos, além da aquisição de novas habilidades e competências.
Entendo por softwares educativos programas desenvolvidos a partir de intenções educacionais em torno de um tema, de conteúdos e pode ser até uma aula.
A avaliação de softwares educativos é um trabalho complexo de averiguação de programas propostos e implementados com fins educacionais para testar sua aplicabilidade e adequação aos fins pedagógicos. Deve ser feito por educadores e por profissionais ligados a área da informática, como os criadores de softwares.
Creio que existam alguns criterios a serem seguidos na avaliação, como o conteúdo, o público, níveis de aprendizagem e o seu formato, a navegabilidade, como diz o José.

Clube de Dança "DancEn?gma" disse...

Quanto à questão sobre a avaliação, e sem ser redundante, avaliar não é uma tarefa fácil. Os professores, no meu entender, necessitam aprender a avaliar produtos de software disponíveis no mercado e para tal será necessária a elaboração de critérios de avaliação específicos .
Carla Rodrigues

A análise do software educativo não deverá contemplar apenas o produto em si mesmo,mas também o produto em situação real de utilização em contexto de ensino e aprendizagem. Deverá ser, também, feita uma reflexão sobre o contributo do software em termos de efectividade na aprendizagem, ou seja, qual a sua eficácia em termos de resultados de aprendizagem.

A avaliação do software educativo deverá contemplar aspectos como os seus conteúdos, aspectos pedagógicos, a interface gráfica, a interactividade e ferramentas de exploração.

A única experiência que tive quanto à avaliação de software educativo foi, aquando da frequência à disciplina de MAC, onde tive oportunidade de avaliar um software educativo para a aprendizagem da língua inglesa.

ASE disse...

Está a ser bastante interessante ler os comentários de todos os participantes e concordo com o que já li algures por aqui (entre muitas outras coisas!): a avaliação de software educativo não parece um tema nada pacífico!

Isto porque a par de uma avaliação rigorosa e baseada em determinados critérios (como já foi amplamente defendido pelos meus colegas) raramente se anula o lado subjectivo de quem o faz.
Se é um SE tem que ter um objectivo educativo,se tem um objectivo educativo, deve aferir-se no final se esse objectivo é atingido; como se atinge esse objectivo? que estratégias didácticas usa? e os conteúdos como são explorados? o SE permite interactividade? é suficientemente intuitivo para quem o explora? a quem se destina? é adequado?
A estes acrescento alguns da minha pouca experiência - apresenta problemas, quais? é compatível com a máquina que estou a usar? é fácil de instalar e fazê-lo correr ou vai estar sempre a crashar? :-)

Penso que estas serão algumas das questões que terão que ser tidas em conta aquando da avaliação de determinado SE.

Mas esta avaliação é feita antes ou depois dos SE saírem para o mercado? Terão as editoras/"equipas multidisciplinares" que os produzem uma perspectiva mais didacta ou mais de mercado?
Há alguma entidade reguladora destes produtos? (não sei..) ou cabe ao professor, terapeuta, etc, seleccionar o SE que utiliza?

Margarida Lucas

Paulo Carvalho disse...

AVALIAÇÃO:
Avaliar é verificar o sucesso/insucesso de um processo ou a eficácia/ineficácia de um produto. No caso dos recursos educativos, particularmente software, não é conhecida nenhuma instância superior e acreditada para esse fim, pelo que a avaliação de recursos educativos é feita pelos utilizadores, sobretudo, com base na qualidade dos conteúdos e das ferramentas de que dispõe e do interface de navegação; esses factores conjugados com os resultados dos alunos reflectem a avaliação do produto.

SOFTWARE EDUCATIVO:
É um recurso informático com potencialidade de desenvolver nos alunos competências na aprendizagem de determinado conteúdo, através da sua interactividade. Existem hoje «toneladas» de software educativo para todos os gostos e feitios e de graus de exigência distintos e, como já referi, cabe ao implementador filtrar algum lixo que por aí anda, fazendo uma análise prévia do software antes de o partilhar com os alunos. Os programas informáticos educativos continuam ainda muito agarradas ao conceito de «tudo em um» num cd ou dvd sem abertura a novas ferramentas web 2.0. Claro que um simples word, excel, pp, e outros podem ser considerados software educativo; assim sejam utilizados para fins bem claros de aprendizagem, ou seja, na minha opinião todo e qualquer recurso informático assume características daquilo que, com ele, se pretende.
AVALIAÇÃO DE SOFTWARE EDUCATIVO:
Trata-se de um processo de averiguar se determinado recurso informático reune todas as condições que permitam ao aluno a sua utilização e, com isso, adquirir competências específicas dentro do processo ensino/aprendizagem. A finalidade desta avaliação (que como já referi, não está atribuída a ninguém em especial, mas a quem a utiliza como tutor) é fazer uma distinção entre produtos, olhando a critérios de qualidade, quanto aos objectivos a que se propõem. Não há, pois, receitas para tal processo; penso que num contexto de ensino/aprendizagem, cada professor deverá avaliar os recursos informáticos que usa, aferindo se se enquadram nas competências que tem previstas para os alunos, em determinada unidade didáctica.
Pessoalmente, já avaliei algum software educativo, sobretudo para o 1º ciclo e foi então que me apercebi que muito lixo educativo prolifera, até com erros científicos. Os meus critérios foram os já citados; antes de implementar o recurso, explorava-o e certificava-me da sua qualidade segundo critérios estabelecidos de acordo com os meus objectivos de trabalho.

Paulo carvalho

Unknown disse...

Avaliar é um juízo de valor que se resume ao enquadramento de um objecto em estudo em certos critérios pré-definidos.
Software educativo, na minha opinião, é todo o software que promova a aprendizagem e o desenvolvimento de competências. tal como o Carlos Vaz afirmou e, com o qual concordo,há software desenvolvido com fins educativos e outro com outros fins, mas que podem também contribuir para a aprendizagem.
A avaliação de software, na minha opinião, prende-se essencialmente da eficiência do software em desenvolver competências de aprendizagem no aprendente.

Sónia Bernardes Mateus

olgacacao disse...

Avaliar é classificar algo, emitir um juízo de valor quer do ponto de vista qualitativo quer quantitativo.

Na minha opinião, e segundo as minhas percepções, no contexto de “avaliação de software educativo", avaliar significa analisar se um determinado software pode desempenhar as funções a que se propõe – educacionais, se ele contribui para a construção de conhecimento por parte do aluno e para a evolução da compreensão do mundo que o rodeia.

Os critérios a ter em conta nessa avaliação são muito vastos e devem ter em conta não só aspectos técnicos mas também a base pedagógica que serviu para à sua concepção.

ASE disse...

A minha opinião é seguinte:
Avaliar será verificar se foram atingidos os objectivos determinados em relação ao que se pretende avaliar utilizando para tal critérios bem definidos.
O software educativo é um programa desenvolvido para adquirir conhecimentos e/ou aplicar aquisição de conhecimentos.
Penso que não haverá receitas para avaliar um software educativo, talvez haja uma lista de critérios que possa ser adaptada para os avaliar. Os melhores avaliadores serão os futuros utilizadores, ou seja, professores e alunos, ou qualquer pessoa interessada em adquirir conhecimento sobre o tema do software. Estes devem verificar se o software cumpre os objectivos definidos.

Celina Ferreira

Lord Renatus disse...

Vou esforçar-me para ser breve, não repetitivo e concordando com alguns autores, considero o Software Educativo todo o software utilizado em contexto ensino-aprendizagem, tenha sido ele ou não, produzido para esse efeito.
Opino desta forma, pois considero que qualquer instrumento que seja utilizado em situação de sala de aula, directa ou indirectamente, a curto, médio ou longo prazo, produzirá algum efeito, desenvolverá alguma capacidade e provocará sempre um estímulo seja ele positivo ou negativo num aluno e concomitantemente no trabalho desenvolvido pelo docente.
A sua avaliação já será muito mais conflituosa, pois após reflexão sobre as opiniões acima descritas e a concepção que tenho de avaliação começo a aperceber-me do quão será complexo tabelar a avaliação de Software Educativo, devido às características próprias da sua concepção, dos parâmetros susceptíveis de serem avaliados, da própria intencionalidade dessa concepção, do público-alvo, da aplicabilidade e do contexto dessa mesma aplicabilidade e da avaliação formativa e consequentemente sumativa dessa aplicação. Para além disso, existe também uma panóplia de variáveis intrínsecas e extrínsecas ao produto a ser analisado que podem influenciar positiva ou negativamente a sua qualidade e as expectativas que foram criadas relativamente ao mesmo influenciando, consequentemente, a sua avaliação.
E não nos esqueçamos que o Software Educativo é susceptível de ser avaliado por ópticas dispares, pois há sempre o ponto de vista do software como ferramenta tradicional, o ponto de vista do professor enquanto aplicador e propocionador de ferramentas de aprendizagem, o ponto de vista do aluno enquanto utilizador (e de uma forma muito particular e personalizada, até de “software developer”) e, num mundo que vive sustentado na imagem, o ponto de vista do design.

Peço desculpa pelo “delay” da resposta e aproveito para enviar um abraço a todos os colegas e desejos de bom trabalho.

Paula Antunes disse...

1 - Avaliação consiste na aplicação de um série de instrumentos que permitem classificar algo de forma qualitativa ou quantitativa. No processo de avaliação serão verificados, também, os aspectos positivos e negativos.
Em termos dos recursos educativos, várias são as instituições que poderão proceder à sua avaliação: desde as próprias empresas fabricantes de software educativo até a instituições governamentais, passando pelos utilizadores(professores/formadores e alunos).
2 - Software educativo: todo o tipo de software que é susceptível de ser utilizado no processo de ensino/aprendizagem (Corpo Humano, Hotpotatoes, AS2, Class Server, Lodestar, etc.)
3 - Neste caso, verifica-se áté que poonto o software educativo vai de encontro aos objectivos definidos e se contribui para desenvolver as competências do aprendente.

ASE disse...

- Sobre avaliação...
Avaliar é elaborar um juízo de valor ponderado, qualitativo ou quantitativo, sobre algo, sobre uma acção, um material, uma pessoa, uma atitude, etc.
A avaliação de recursos educativos deve permitir especificar se os objectivos desse mesmo recurso foram atingidos, tendo em conta princípios científicos, pedagógicos e técnicos, como a relevância/ veracidade do seu conteúdo, a facilidade da sua utilização, a relação qualidade/ preço, etc. Esta avaliação deve ser feita por uma equipa multidisciplinar de acordo com parâmetros variados, mas específicos.
Em caso de recursos educativos escolares esta qualidade científico-pedagógica deve considerar se estão em conformidade com os objectivos e conteúdos do currículo nacional e dos programas e orientações
curriculares

- Sobre software educativo...
Software Educativo é todo e qualquer software utilizado com finalidade educativa, assim as aplicações informáticas gerais, processadores de texto, folhas de cálculo, bases de dados, jogos, ferramentas de elearning, blogs, wikis, etc, podem ser considerados software educativo se tiverem a componente educativa associada.

- Sobre avaliação de software educativo...
Na avaliação de software educativo deve-se ter em conta uma série de factores, nomeadamente ao nível do conteúdo, interface gráfica, acessibilidade e usabilidade, interactividade, ferramentas, requisitos técnicos, informação pedagógica, público alvo, etc. Esta avaliação deve ser feita por uma equipa multidisciplinar habilitada para o efeito.

Catarina Reis